quarta-feira, 21 de julho de 2010

História



Os primeiros relatos históricos sobre o município atestam que o início de sua colonização se deu por desbravadores oriundos da Bahia que procuravam terras férteis e propícias à criação de gado, em meados do século XIX. Em sua obra “Memória dos Confins”, Jesualdo Cavalcante Barros narra a saga do capitão José Antônio Barreira de Macedo e sua expedição pelas terras que hoje formam a cidade de Santa Filomena.
O historiador Pereira da Costa, em seu manuscrito “Notícias sobre as comarcas da Província do Piauí, de 1885, reconhece a primazia de José Antônio Barreira de Macedo na fundação de Santa Filomena. Com efeito, afirma ele: “A vila de Santa Filomena é uma das mais modernas da província, pois sua origem remonta o ano de 1854”.
Na mesma obra a parece a figura de José Lustosa da Cunha – o Barão de Santa Filomena – que se estabeleceu na região e constituiu família, deixando muitos descendentes. O coronel, e depois barão, chegou por volta de 1856, trazendo consigo familiares, agregados e escravos.
Segundo a tradição oral, Filomena foi o nome dado a uma das filhas do senhor barão, que, por ser devoto de Santa Filomena, deu esse mesmo nome à povoação.
Hoje, Santa Filomena conta com 154 anos de história, e 145 anos de emancipação política!
Apesar do tempo, Santa Filomena, assim como muitas cidades do sul do estado do Piauí, apresenta características tipicamente rurais. A sociedade filomenense apresenta traços pouco modernos, pois ainda preserva muitos hábitos e costumes cotidianos de seus antepassados.
Texto: Marcus Vinícius Lira e Lúcio Ronner Báccaro
Imagem: Wikipédia

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sítio Arqueológico - Cemitério da Ponta da Serra





Sim, nós temos Sítio Arqueológico!


Nós temos uma história.
No município de Santa Filomena existe um cemitério. Contudo, não se trata de um cemitério comum. Está situado na localidade Ponta da Serra, a 20 quilômetros da cidade. O acesso é bastante difícil, pois o local onde as tumbas se encontram está no alto de uma serra, um lugar de vista panorâmica e estratégica.
O cemitério não usufrui de muito espaço e possui em torno de trinta tumbas. Há dois grupos de tumbas. De um lado, as sepulturas estão organizadas dentro de uma cercadura de pedras sobrepostas. Esta cercadura assemelha-se bastante coma as ruinas de um templo. Ali, as seputuras são bem trabalhadas e polidas, o que sugere guardar corpos de pessoas realmente especiais, com um grau de importância maior para a comunidade. De outro lado, existem um número maior de sepulturas. Estas já são mais rústicas e estão dispostas em fila. São constituídas por um amontoado de pedras .

Em seu difícil acesso e localização estratégica, assemelha-se bastante com os sítios arqueológicos de Palmares, onde se estabeleceu o maior quilombo do Brasil.
O Sítio Arqueológico de Santa Filomena transmite uma história através de vestígios. Vestígios que falam da luta dos negros contra um regime de exploração. Da luta pela liberdade. As evidências encontradas no cemitério colocam em discussão muitos entraves que precisam ser analisados e esclarecidas e com isso chegar-se a história verdadeira, ou pelo menos mais próxima daquilo que existiu.

O Cemitério da Ponta da Serra é um valioso monumento histórico. Lá jaz os corpos de pessoas com história de luta e resitência e portanto, não podem ficar à margem do processo histórico.
Infelismente, ainda não foi feito um trabalho de conservação da área. Caso esse trabalho não seja feito logo podemos perder toda a história guardada naquele pequeno espaço onde um dia serviu de palco para um evento de memória cultural.
Estas informações estão baseadas no TCC - Trabalho de Conclusão de Curso - do acadêmico do Curso de Licenciatura Plena em História do Núcleo de Santa Filomena, Marcus Vinicius Lira.
(Julho de 2010)

Texto: Marcus Vinícius Lira
Imagens (colaboração): Saulo Pinheiro Nogueira / Raildson Ascenso Rocha

Julho, Mês de Reencontros, Alegrias e Festas

Assim como em muitas cidades pequenas, os filhos de Santa Filomena geralmente escolhem o mês de julho para voltar à sua cidade natal. Neste ano de 2010 não é diferente, muitos já chegaram, outros ainda virão. Neste mês, muitas mães revêem seus filhos que a muito não viam, é tempo de festa, de alegria. A economia da cidade aquece, afinal de contas, essas pessoas fizeram economias para gastar por aqui, e querem beber, fazer churrasco e se divertirem. É esse é o mês de julho, que chegou, e junto com ele, os filhos da terra.
Sejam todos bem vindos!!