segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Gestar 2011 - Curso de Formação de Tutores

Semana passada, do dia 22 ao dia 26, foi realizado um encontro para formação de tutores do Gestar, para as áreas de Língua Portuguesa e Matemática, no Real Palace Hotel, em Teresina - PI. Foram 40 horas/aula de muita aprendizagem. Os tutores tiveram o apoio pedagógico de especialistas enviados pela UnB, mestres nessas áreas do conhecimento.



Nós, de Língua Portuguesa, temos os professores Fábio e Djalma como formadores. E os professores Rui e Guy estão formando os tutores da área de Matemática. A formação contou com a presença do coordenador Dioney, que organizou juntamente con sua equipe as questões administrativas do Gestar.


De fato, o Gestar é um programa que vem para melhorar a qualidade das aulas de nossos professores e consequentemente permitir que os nossos alunos assimilem com clareza os conhecimentos oferecidos por essas disciplinas.



As informações que os tutores obtiveram nesse encontro serão repassadas aos outros professores dos municípios por eles representados. Essa é mais uma iniciativa do MEC, que visa melhorias cada vez mais significativas na prática pedagógica de nossos professores.



O que desejo a partir de agora é que esse programa tenha sucesso em Santa Filomena. Que os professores cursistas realmente abracem a ideia e leve para seus alunos aulas mais dinâmicas e produtivas.



Eu, Marcus Vinícius, serei tutor dos professores cursistas de Língua Portuguesa.



A professora Joselice será tutora dos professores cursistas da área de Matemática.


A formação contou com a presença de professores de vários municípios piauienses e isso permitiu uma troca de experiências fundamental para o sucesso do programa.


Logo, logo, pessoal, Joselice e eu estaremos lançando um Blog só com postagens referentes às ações do programa em nosso município. Algumas experiências vivenciadas pelos professores com as atividades do Gestar em sala de aula serão colocadas neste blog. Por isso, fiquem de olho e boa leitura para todos.





segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Deu a louca no eleitor, filomenos!


A primeira fase das eleições aconteceram em Santa Filomena. O candidato da situação obteve um número supreendente de votos em todas as urnas apuradas. Mas o interessante desta eleição não foi isso, de fato o que surpreendeu mesmo foi o grande número de pessoas que deixaram de votar. Na minha seção, mais de cem pessoas não compareceram à seção para exercer esse papel de cidadão - quase quarenta por cento. Isso me deixou uma interrogação: Por que as eleições para governador e presidente são menos valorizadas que as de prefeito em nosso município? Será que o sentido do voto não é entendido plenamente pela população? Vale a pena refletir...

Em São Paulo, gente, o Tiririca protagonizou uma das piadas mais marcantes da história política nacional. Rsrsrsrs... É, leitor, precisamos rever alguns conceitos. Apesar de toda propaganda preocupada em informar e conscientizar o leitor a respeito da importância do voto, ele ainda está tendo atitudes de indiferença em relação a seu papel de cidadão diante das urnas, ao eleger políticos com ficha suja, ao contribuir com o monopólio político - como é o caso de Roseana Sarney no Maranhão, e ainda por cima elege quem abertamente declara não ter compromisso nenhum com ele... Tomara que o efeito Tiririca seja passageiro, vai que a moda pega e o Bruno do Flamengo resolve entrar na onda também... Vaaaaala!

domingo, 29 de agosto de 2010

Olha ela aqui!


O município de Santa Filomena nunca esteve tão vulnerável às drogas quanto agora. São muitos os jovens e adolescentes que se encontram em estado de dependência. O pior de tudo é que os encontros para o consumo dos entorpecentes acontecem sem nenhuma restrição, de forma natural. Enquanto isso, os pais ficam alheios às influências sofridas por seus filhos nas ruas e esquinas da cidade.
A família é a base para a formação do ser humano. Sem ela, as chances de um indivíduo se tornar um cidadão de bem são mínimas. Percebe-se claramente em nosso meio que a participação efetiva dos pais na educação de seus filhos está cada vez menor. Em nossa cidade, é comum nos depararmos com adolescentes circulando pelas ruas até altas horas da noite, sem nenhum adulto por perto, contribuindo para o fácil contato com as drogas. A permissividade e a ausência dos pais é um fator contribuinte para o estreitamento dos laços de amizade dos filhos com os traficantes.
Santa Filomena é uma cidade que ainda não oferece opções de lazer e entretenimento para os jovens. Não existem na cidade praças, parques, cinema, teatro, enfim, lugares que poderiam preencher o tempo do jovem e do adolescente com atividades culturais. Dessa forma, eles ficam expostos a outros prazeres, prejudiciais à saúde. Contudo, é bom lembrar, que mesmo em um lugar pacato como o nosso, é possível sortir o tempo com coisas boas e agradáveis. Basta os jovens se unirem e criarem juntos ambientes de discussão, leitura, ação social, trabalhos voluntários. Como exemplos disso, nós temos: “Os Filhos da Natureza”, “O Grupo de Jovens” da igreja, os encontros religiosos e escolares. Ou seja, se não há opção, vamos fazê-la. Fazer acontecer. Não dá espaço para as drogas.
É preciso também uma interferência maior por parte dos órgãos responsáveis pela segurança. Até então não há um trabalho ativo e organizado para combater as drogas. A população sabe que elas circulam, mas as autoridades demonstram vistas grossas diante da situação. O uso de drogas em Santa Filomena está se transformando em modismo, porque as pessoas envolvidas na distribuição estão impunes, livres para alimentarem seu comércio ilegal com drogas cada vez mais pesadas – há informações de que a cocaína já está substituindo a maconha.
Diante disso, a sociedade filomenense precisa entrar em ação e proteger seus cidadãos desse mal. A droga destrói lares. Destrói vidas. Precisamos nos unir e buscar formas de combatê-las. A família deve estar mais alerta. Os pais devem estar mais firmes diante da rebeldia de seus filhos, nada de deixá-los fazer o que bem entenderem. A sociedade tem que cobrar das autoridades políticas ações voltadas para isso. O poder público pode e deve executar projetos que mudem essa triste realidade. A Biblioteca Municipal e o Telecentro, que serão inaugurados ainda este ano pela Prefeitura Municipal, são algumas das iniciativas que podem ajudar – e muito. O CISEC – Centro de Integração Cultural, um projeto da Paróquia de Santa Filomena – também será outra grande parcela de contribuição. A sociedade filomenense precisa apoiar essas ideias e, além disso, cuidar para que elas sejam de fato assimiladas pela juventude, porque são os jovens e adolescentes as maiores vítimas das drogas em nossa cidade.

Texto: Marcus Vinícius Lira – 29 de agosto de 2010.
Imagem: loucuramental.com

domingo, 15 de agosto de 2010

Três anos de Homenagens ao Vaqueiro.

Em Santa Filomena, durante a festa da Padroeira, a noite do dia 14 é reservada para homenagear os vaqueiros - um personagem muito importante na história do Piauí - principalmente para a história do sul do estado. As primeiras cidades piauienses surgiram a partir das fazendas de gado. A pecuária era a atividade mais comum na época. Nos séculos XVIII e XIX, essa era a principal atividade econômica do estado. O trabalho do vaqueiro era fundamental. Trabalhador livre, enfrentava a dura labuta com o gado diariamente. Como havia muitas pastagens naturais, o gado era criado solto, e, com isso, o vaqueiro passava dias campeando, para manter o gado bem nutrido.

Em Santa Filomena essa atividade ainda é comum. O vaqueiro continua sendo uma figura importante para a sociedade filomenense. Tanto que a noite do dia 14 passou a ser a "Noite dos Vaqueiros". Nesse ano, houve muitas atrações. Logo de madrugada, os fogos anunciava a cavalgada pelas ruas da cidade. Portando trajes que relembra a cultura vaqueira, montados em animaise vestidos na camiseta do evento, os participantes fizeram uma caminhada pelas ruas da cidade. No desfile, se fizeram presentes vaqueiros, pecuaristas, autoridades locais. Todos juntos num só objetivo: o de não permitir que a imgem do vaqueiro se apague da memória dos filomenenses. Houve em seguida um café da manhã coletivo. Durante todo o dia o espaço cultural da igreja foi palco de um forró à moda antiga, com sanfona e músicas à caráter. À noite houve uma bela celebração na igreja e em seguida um grande leilão de bovinos. Além disso, o forró continuou no espaço cultural da igreja até às três da manhã com muita alegria e diversão. O povão marcou presença! Toda a renda adquirida durante todo o evento será doada à Igreja, que no momento está desenvolvendo um projeto social na cidade - a construção do CISEC, um centro de interação social, cujo o objetivo é desenvolver atividades culturais e promover a educação.
O vaqueiro representa bem o povo filomenense. Povo que luta e trabalha. Trabalha muito. Infelizmente essa atividade foi e ainda está sendo desvalorizada. Esses homens que são homenageados enriqueceram muita gente. Distribuíram riqueza, enquanto usufría de uma vida dura, com muito pouco retorno financeiro. Passavam a vida inteira trabalhando praticamente de graça, sem muitos direitos, cuidando do gado alheio. Isso é o retrato da realidade de muitos municípios piauienses, principalmente a dos mais atrasados como Santa Filomena. O vaqueiro representa sim, a luta, o trabalho, a disposição, o lucro, como também representa uma sociedade movida pelos interesses dos grandes latifundiários, donos das terras e do gado que eles cuidavam. Essa cultura de dependência e clientelismo contribuiu para a estagnação política e social de muitos municípios.
Espero que essa homenagem tão oportuna possa também fazer com que a sociedade reflita e busque mudar a maneira de ver o coletivo, o desenvolvimento, a justiça, seguindo o exemplo dos vaqueiros trabalhadores e honestos, mas deixando para trás a cultura de dependência e de apatia diante da realidade. Como dizia o nobre Jair Rodrigues, na música Disparada: "Eu venho lá do sertão e posso não lhe agradar".

quarta-feira, 21 de julho de 2010

História



Os primeiros relatos históricos sobre o município atestam que o início de sua colonização se deu por desbravadores oriundos da Bahia que procuravam terras férteis e propícias à criação de gado, em meados do século XIX. Em sua obra “Memória dos Confins”, Jesualdo Cavalcante Barros narra a saga do capitão José Antônio Barreira de Macedo e sua expedição pelas terras que hoje formam a cidade de Santa Filomena.
O historiador Pereira da Costa, em seu manuscrito “Notícias sobre as comarcas da Província do Piauí, de 1885, reconhece a primazia de José Antônio Barreira de Macedo na fundação de Santa Filomena. Com efeito, afirma ele: “A vila de Santa Filomena é uma das mais modernas da província, pois sua origem remonta o ano de 1854”.
Na mesma obra a parece a figura de José Lustosa da Cunha – o Barão de Santa Filomena – que se estabeleceu na região e constituiu família, deixando muitos descendentes. O coronel, e depois barão, chegou por volta de 1856, trazendo consigo familiares, agregados e escravos.
Segundo a tradição oral, Filomena foi o nome dado a uma das filhas do senhor barão, que, por ser devoto de Santa Filomena, deu esse mesmo nome à povoação.
Hoje, Santa Filomena conta com 154 anos de história, e 145 anos de emancipação política!
Apesar do tempo, Santa Filomena, assim como muitas cidades do sul do estado do Piauí, apresenta características tipicamente rurais. A sociedade filomenense apresenta traços pouco modernos, pois ainda preserva muitos hábitos e costumes cotidianos de seus antepassados.
Texto: Marcus Vinícius Lira e Lúcio Ronner Báccaro
Imagem: Wikipédia

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Sítio Arqueológico - Cemitério da Ponta da Serra





Sim, nós temos Sítio Arqueológico!


Nós temos uma história.
No município de Santa Filomena existe um cemitério. Contudo, não se trata de um cemitério comum. Está situado na localidade Ponta da Serra, a 20 quilômetros da cidade. O acesso é bastante difícil, pois o local onde as tumbas se encontram está no alto de uma serra, um lugar de vista panorâmica e estratégica.
O cemitério não usufrui de muito espaço e possui em torno de trinta tumbas. Há dois grupos de tumbas. De um lado, as sepulturas estão organizadas dentro de uma cercadura de pedras sobrepostas. Esta cercadura assemelha-se bastante coma as ruinas de um templo. Ali, as seputuras são bem trabalhadas e polidas, o que sugere guardar corpos de pessoas realmente especiais, com um grau de importância maior para a comunidade. De outro lado, existem um número maior de sepulturas. Estas já são mais rústicas e estão dispostas em fila. São constituídas por um amontoado de pedras .

Em seu difícil acesso e localização estratégica, assemelha-se bastante com os sítios arqueológicos de Palmares, onde se estabeleceu o maior quilombo do Brasil.
O Sítio Arqueológico de Santa Filomena transmite uma história através de vestígios. Vestígios que falam da luta dos negros contra um regime de exploração. Da luta pela liberdade. As evidências encontradas no cemitério colocam em discussão muitos entraves que precisam ser analisados e esclarecidas e com isso chegar-se a história verdadeira, ou pelo menos mais próxima daquilo que existiu.

O Cemitério da Ponta da Serra é um valioso monumento histórico. Lá jaz os corpos de pessoas com história de luta e resitência e portanto, não podem ficar à margem do processo histórico.
Infelismente, ainda não foi feito um trabalho de conservação da área. Caso esse trabalho não seja feito logo podemos perder toda a história guardada naquele pequeno espaço onde um dia serviu de palco para um evento de memória cultural.
Estas informações estão baseadas no TCC - Trabalho de Conclusão de Curso - do acadêmico do Curso de Licenciatura Plena em História do Núcleo de Santa Filomena, Marcus Vinicius Lira.
(Julho de 2010)

Texto: Marcus Vinícius Lira
Imagens (colaboração): Saulo Pinheiro Nogueira / Raildson Ascenso Rocha

Julho, Mês de Reencontros, Alegrias e Festas

Assim como em muitas cidades pequenas, os filhos de Santa Filomena geralmente escolhem o mês de julho para voltar à sua cidade natal. Neste ano de 2010 não é diferente, muitos já chegaram, outros ainda virão. Neste mês, muitas mães revêem seus filhos que a muito não viam, é tempo de festa, de alegria. A economia da cidade aquece, afinal de contas, essas pessoas fizeram economias para gastar por aqui, e querem beber, fazer churrasco e se divertirem. É esse é o mês de julho, que chegou, e junto com ele, os filhos da terra.
Sejam todos bem vindos!!